sábado, 24 de março de 2012

Quão triste...




Quão triste é o meu olhar quando te vejo nas marés,
quão só é o meu andar quando partes nas galés.
O mar te faz homem, a água te leva,
a onda te esfola e na espuma te entrega.

...
Pescas a vida e a morte ao som do luar,
pescas o azar e a sorte em cada remar.
Enquanto as noites se perdem na rede,
afogas no vinho a loucura da sede.

7 dias sem dormir do anoitecer ao raiar,
7 dias a sorrir enquanto o sustento durar.
Nas estrelas alinhas a proa,
o leme aguentas por mais que te doa.

De nada vale o nome a um pobre pescador,
de nada serve a realeza quando tão nobre é na dor.
Anda, não te percas no nevoeiro, basta seguires o nome que eu murmuro.
Vem, regressa a casa, traz o barco a porto seguro.

Por: Diogo Corredoura

1 comentário:

  1. Está fantastico este poema parabéns ao autor!!!
    A foto está linda!!! Fazes sempre um bom trabalho!!! Parabéns Celestino... Bjinhos Rute!!!

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